Ainda durante a infância e adolescência, o bebê idealizado vai sendo construído, mesmo que durante as brincadeiras de bonecas e de casinha. O bebê idealizado vai sendo construído ao longo da vida da mãe e do pai, e esse bebê idealizado vai se transformando de acordo com as vivências da mulher e do homem. Quando a mulher, o homem, a família abre o espaço na vida para o filho, esse bebê idealizado ganha ainda mais forma.

            Inicia-se uma potente e materializada construção rica em “perfeição”, coisas boas, desenvolvimento típico, medos, angústias, dúvidas e isso perdura por toda a gestação e parto (em alguns casos pós parto também). Idealiza-se o parto sem intercorrências, o parto perfeito.

            A transição de toda essa idealização pode se dar ainda durante a gestação, ou durante o parto ou até mesmo após o nascimento.

            Desfazer-se do bebê idealizado para lidar com o bebê real é algo que se torna essencial para que o vínculo aconteça de forma saudável.

            Quando a mãe consegue olhar de fato para o bebê que está em seus braços e aceita-lo dessa forma, as coisas começarão a ganhar um sentido diferente para a tríade – mãe, pai e bebê. Desfazer-se do modelo perfeito de gestação, parto (sem intercorrências), amamentação (de revista), bebê que não chora ou que se acalma facilmente no colo, faz-se necessário para que você consiga lidar com tranquilidade e segurança nas demandas do bebê.

            Quando você se desfaz do bebê idealizado para lidar com o bebê real, você está trazendo à vida e dispondo o seu olhar para quem de fato é o seu bebê.

            Parece ser complexo, mas esse movimento, ou seja, essa transição vai acontecendo de acordo com o amadurecimento do bebê e da mãe.

Olhar e acolher a dupla mãe-bebê e a família, faz parte da abordagem Osteopática. O ambiente que o bebê está é um dos fatores mais importantes a serem olhados!