A maioria dos pais de bebês recém-nascidos chegam até o consultório, pois seus bebês apresentam-se com choro intermitente e inconsolável. Você já se viu nessa situação? Vamos falar hoje sobre as cólicas, que é uma das reclamações mais frequentes entre os pais e ocorre entre 10 e 40% dos bebês (Stagnara J, et al., Lucassen PL et al., Iacono G et al.).

O desenvolvimento gastrointestinal está sob múltiplas influências, como: herança genética, mecanismo regulatório do próprio corpo e meio ambiente. A causa da cólica é multifatorial, incluindo doenças no estômago e intestino, tais como: intolerância à proteína do leite de vaca, intolerância à lactose, excesso de movimento do próprio intestino, imaturidade no neurodesenvolvimento ou dificuldade psicológica na relação pais - bebês. Fatores como emoção, stress da mamãe, papai, irmãos e/ou cuidadores, nervosismo, jejum ou alimentação da mamãe, podem influenciar o estado de excitação do bebê, desencadeando as crises de cólicas, alterações no sono, entre outras.

Durante as crises de cólicas, o choro é intermitente, excitante e inconsolável.

        

O que observar em seu bebê?

    Características individuais do choro:

        ·    Duração e intensidade;

        ·    Agitação associada ou angustia resultante dos pais, aumentando a complexidade do choro;

        ·    Gritos de cólica transmitem a informação de que a criança esta altamente excitada ou angustiada.

    Posição adquirida do bebê durante a cólica:

        ·   Pernas flexionadas sob o abdômen;

        ·   Abdômen duro e distendido;

        ·   Ruídos no abdômen;

        ·   Gases;

        ·   Frequentemente regurgitação;

        ·   Expressão facial – Caretas.

    Uma Regra de Três foi proposta por Wessel e seus colaboradores para Identificar a cólica nos bebês/crianças:

        ·   Choram mais que 3 horas por dia;

        ·   Choram mais que 3 dias por semana;

        ·   Choram mais que 3 semanas.

    As mamães que amamentam, também devem tomar algumas medidas alimentares afim de diminuir as cólicas dos seus bebês, como:

        ·   Em alguns casos, dieta livre do leite de vaca e derivados;

        ·   Redução de vegetais crucíferos (repolho, brócolis, couve, couve-flor, couve de bruxelas, nabo, agrião, rabanete, mostarda); 

        ·   Cebola;

        ·   Chocolate;

        ·   Entre outros.

 

O que fazer ?

Uma dica muito importante é não massagear a barriguinha do bebê enquanto ele está em crise ou no momento pós-crise, pois já existe uma irritabilidade em seu abdômen, que a massagem irritaria um pouco mais.

“A osteopatia oferece uma opção de tratamento para os pacientes com cólica. A qual promove a diminuição da dor, do choro e aumento do tempo para dormir” (Hayden C., Mullinger B.).

Com as crises de cólicas, os bebês entram em padrões de funcionamento corporal desorganizados, causando inúmeras consequências e uma delas que se destaca é a alteração no sono. 

 

Portanto, a osteopatia auxilia no alívio de incômodos e dores dos bebês/crianças, possibilitando-os a estabelecer saúde integral ! 

 

aline@institutovalsechi.com.br

 

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